quarta-feira, 23 de abril de 2008

O dia em que São Paulo tremeu.


Hoje á noite um fato, no mínimo, inusitado, ocorreu.
Um terremoto de 5.2 graus atingiu o litoral Paulista repercutindo em toda Grande São Paulo, parte da região do ABC e também em alguns outros estados.

Nada de anormal teria esta notícia não fosse o fato de que, esse terremoto foi no Brasil; pois há coisa que o brasileiro adora se gabar, é de morar em um país, aparentemente, livre de quaisquer desastres que não sejam diretamente causados pelo homem.
Ledo engano, é, porém, crer-se que este fenômeno nada tem a ver com a conduta da população nacional.
Enquanto o solo Paulista tremia, me surpreenderia muito saber, que passou-se pela cabeça de quem quer que seja que, este evento, foi sim causado por nossos próprios atos.

Pois, levante a mão quem imaginou na hora que este seria só mais um troco, mais uma das inúmeras e exaustivas manifestações da nossa Mãe Natureza contra nosso descaso e nossa ignorância.

O que, concerteza não notamos no nosso dia-a-dia extremamente atarefado e cheio de nossas preocupações mesquinhas é que, enquanto gastamos tempo e dinheiro na luta por gastar mais, comprar mais, ter mais carros e cortar mais árvores para termos mais espaço, a nossa verdadeira casa é destruída pelos passos incessantes da nossa própria arrogância.

Quem nos proclamou donos da terra onde pisamos, quem assinou o contrato de venda da alma do planeta?

Espero que este pequeno tremor tenha servido para algo mais que desarrumar meia dúzia de escritórios na Avenida Paulista e abra os olhos do nosso povo para um triste realidade que não promete um futuro muito melhor. E que toda a nossa gente comece a olhar mais para baixo, para terra, e menos para cima no lato dos prédios, pois, no ritmo que vamos, nós concerteza teremos de nos acostumar com um Brasil que tem sim, também seus próprios desastres.

Um comentário:

Vinícius!!! disse...

na noite de sábado, esperando, sozinho, para assistir ao show do Tom Zé, conheci um artisra plástico de Manaus, segundo ele, não há rodovias que cheguem a Manaus, é preciso ir pelo ár ou pelas águas, mas... surpreendentemente, ele disse que isso é bom, pq é um empecilho para os madeireiros e por isso a floresta de lá sobrevive, ao contrário da floresta do Acre por exemplo, que está, quase totalmente, tomada por vacas que matarão nossa fome!!!

é lamentável!!!