segunda-feira, 28 de abril de 2008

Um "Viva" à Cultura!


Começo a escrever o post de hoje com uma empolgação extra; já que, no último fim de semana, tive o incomensurável prazer de passar toda uma noite no que, considero eu, ser a maior concentração e comemoração da cultura popular brasileira no estado de São Paulo.
Para aqueles que não entenderam de primeira, me refiro à Virada Cultural; evento ocorrente uma vez ao ano no centro de São Paulo.
tal evento promove a reunião dos principais artistas da cultura brasileira em todas as suas vertentes, realizando eventos e espetáculos durante um período de 24 horas.

Tal empolgação de minha parte deve-se ao fato de nunca, em nenhum outro lugar, ser possível encontrar tanta gente diferente com o mesmo espírito e mesmo propósito: disseminar e absorver o máximo de cultura e arte possível!

Está foi uma das grandes, porém raras manifestações governamentais em prol da cultura e arte, mas, sem dúvida alguma, grandiosa.
Foram montados inúmeros palco por toda a capital, além da liberação do uso de instalações monumentais como o Theatro Municipal, por exemplo.

O mais fantástico foi ver a quantidade de pessoas que se dispuseram a percorrer as ruas atrás de informação e arte; que, felizmente, abrangia a todos os gosto, desde o rock feito no palco da Estação República, passando pelo samba nas rodas, capoeira, hip-rop, jazz, MPB, música independente e cult, entre outros; além de cinema, teatro, arte circense, poesia e todo tipo de manifestação artística.

Eu, particularmente, mantive-me próximo ao palco montado na Avenida São João, onde tive o prazer de acompanhar os shows de Zé Ramalho, os fantásticos Mutantes e, na minha modesta opinião, do melhor da virada: O Teatro Mágico.

Depois de horas em pé, do empurra-empurra, sem violência alguma diga-se de passagem, e de ter meu celular furtado (quase nenhum tipo de violência), o que posso tirar da experiência é que; essa iniciativa deveria percorrer outros estados e cidades e manter-se viva, pois é, ainda um vestígio de preocupação com a cultura popular do nosso país.

Quanto a mim, aguardo, ansiosísso, a próxima virada, também muito curioso com que surpresas e trabalhos artísticos terei a disposição no próximo ano!

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Extra!


Bom, como hoje estou em um dia excepcionalmente criativo, vou postar algo mais no blog; contudo, para variar um pouquinho, não será nenhuma de minhas observações cotidianas.
Postarei logo abaixo um pequeno escrito produzido a algum tempo. Trata-se de mais um experimento feito com base e uso indiscriminado de títulos de músicas que aprovo com meu gosto musical.
Todos os títulos são de canções da banda "Los Hermanos"-segue o site- os quais aprecio muito o trabalho. Espero que todos gostem, principalmente aqueles que dividem este gosto comigo.

Aos músicos da banda, peço, desde já, desculpas, caso ofendam-se com minha carta.
Abraços a todos e tenham uma ótima semana.


Ah me diz o que a vida espera assim de mim?
Será assim tão fácil olhar para frente, olhar e ver através de um horizonte distante?

Ah, se eu pudesse voltar no tempo, num tempo em que éramos mais, muito mais...
Quando andávamos juntos como dois barcos que navegam para o mesmo rumo,
E meio que sambam um samba a dois, num mar de sal,
Como é feito e é de lágrima à deriva...Caminhando a Paquetá!

Contudo, sabes que sou assim, um cara estranho, e tal como é o vento condicional aos pássaros,
Da mesma forma é irrelevante a flor que compensa a casa pré-fabricada.
Ah, minha morena, queria eu que a vida fosse pra nós a vitória de um vencedor,
Que tal é o seu orgulho, vai do primeiro ao sétimo andar no mesmo fôlego!

Veja bem meu bem, e não penses que não sou assim sentimental,
Só não quero que o pouco que sobrou seja para nós uma obrigatoriedade de compromisso.
Por isso digo, adeus você, pois de hoje já não somos um par, como são em uma tênue ligação, o velho e o moço.

Só não me leve a mal, tu já sabia que todo carnaval tem seu fim, e assim será!
Ta bom, eu sei que não serei feliz, assim, tão sozinho, mas não é por essa ou outra razão que vou fingir na hora rir, chorarei, pois sim!

E de meu choro fez-se mar, como se faz mais uma canção de um trovador solitário!
Por fim digo-lhe, deixa estar, pois como o sábio que prefere o lado de dentro de sua morada,
E deixa o verão, pois sabe de suas tempestades, eu também viverei bem,
E feliz como quem ganha um sapato novo também esquecerei esse último romance!

O dia em que São Paulo tremeu.


Hoje á noite um fato, no mínimo, inusitado, ocorreu.
Um terremoto de 5.2 graus atingiu o litoral Paulista repercutindo em toda Grande São Paulo, parte da região do ABC e também em alguns outros estados.

Nada de anormal teria esta notícia não fosse o fato de que, esse terremoto foi no Brasil; pois há coisa que o brasileiro adora se gabar, é de morar em um país, aparentemente, livre de quaisquer desastres que não sejam diretamente causados pelo homem.
Ledo engano, é, porém, crer-se que este fenômeno nada tem a ver com a conduta da população nacional.
Enquanto o solo Paulista tremia, me surpreenderia muito saber, que passou-se pela cabeça de quem quer que seja que, este evento, foi sim causado por nossos próprios atos.

Pois, levante a mão quem imaginou na hora que este seria só mais um troco, mais uma das inúmeras e exaustivas manifestações da nossa Mãe Natureza contra nosso descaso e nossa ignorância.

O que, concerteza não notamos no nosso dia-a-dia extremamente atarefado e cheio de nossas preocupações mesquinhas é que, enquanto gastamos tempo e dinheiro na luta por gastar mais, comprar mais, ter mais carros e cortar mais árvores para termos mais espaço, a nossa verdadeira casa é destruída pelos passos incessantes da nossa própria arrogância.

Quem nos proclamou donos da terra onde pisamos, quem assinou o contrato de venda da alma do planeta?

Espero que este pequeno tremor tenha servido para algo mais que desarrumar meia dúzia de escritórios na Avenida Paulista e abra os olhos do nosso povo para um triste realidade que não promete um futuro muito melhor. E que toda a nossa gente comece a olhar mais para baixo, para terra, e menos para cima no lato dos prédios, pois, no ritmo que vamos, nós concerteza teremos de nos acostumar com um Brasil que tem sim, também seus próprios desastres.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Faça como eu digo, não faça como eu faço.


Já perceberam como sempre tem alguém pra dar palpite em tudo que fazemos?
A toda hora, em todo lugar, não importa o que estejamos fazendo, sempre alguém tem um jeitinho melhor para tudo; e não adianta sermos sutís, educados, dizendo que estamos bem sozinhos, que já sabemos nos virar, porque parece que nunca sabemos o que é melhor para nós mesmos.

O fato é que, o ser humano por natureza é cético, e tem extrema dificuldade de mudar esse terrível hábito de sempre achar que seu modo de ver o mundo é sempre melhor que o do próximo.
Uma coisa fácil de se notar, lembrem-se de quando eram crianças, mesmo que vocês já soubessem que se iriam precisar ou não do "casaquinho", ou se estavam com fome ou não, concerteza suas mães sempre vieram todas caridosas e preocupadas lhes prestar o tão necessário socorro.

Na minha opinião, baseada no que vejo no dia-a-dia, as pessoas, por possuírem esse imenso medo do novo e diferente, tentam desesperadamente mudar a consciência natural do indivíduo.
Se pararem para pensar um instante, o membro mais criticado de um clã é aquele com gostos e costumes diferentes dos demais; e que, geralmente, os que seguem a correnteza no convívio social vão se adaptar e evitar constrangimentos e represarias por parte do grupo maior.

Evidentemente, isso da-se por razões culturais e subconscientes que não são facilmente adaptáveis, contudo, vale lembrar que todos nós temos direito a uma livre opinião e escolha, seja na religião, política, sexualidade, gosto musical e todo e qualquer campo de múltipla escolha existente, e que julgar ou discriminar aqueles que não concordam com o gosto popular é no mínimo uma total falta de bom-senso.

Fica então a lembrança, devemos todos sermos destacados pelas ideias que possuímos, e não, necessariamente, pelas opções que fazemos.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Ser ou não ser?


Coisa que passa na cabeça de todo jovem, sem exceção, é que caminho seguir ao se pensar em uma profissão.
Horas vasculhando almanaques do aluno, guias do melhores cursos do ano, consultas à Internet e longas, freqüentes e exaustivas conversas com pais, tias, avós, irmãos e etc.
Contudo, o dilema geralmente definido é sempre sobre a pergunta:
“O que é melhor, escolher uma carreira rentável e segura, ou seguir meu sonho e fazer o que me dá prazer?”


Evidentemente alguns jovens não passam por essa difícil incógnita, porque por obra do destino ou da influência familiar, já demonstram afinidade com aquela carreira que todos os pais adoram escolher para os filhos.
É médico pra cá, advogado pra lá, engenheiros mil e tudo resolvido para hora do vestibular.

Okay, mas e os outros?
Os que gostam daqueles empregos tidos como "pouco rentáveis”, dos quais julga-se na cultura popular, ser impossível adquirir o tão necessário pão-de-cada-dia?
É aí que está o caos da questão.

Comigo, evidentemente, não foi diferente.
Acreditem, quando se mora em uma casa onde sua irmã mais velha é química, não é muito confortável você chegar em casa um belo dia e dizer: "gente, vou ser músico!” ·Primeiro todo mundo acha graça, fala que é coisa de adolescente, que passa com o tempo.
Agora, depois de anos estudando, de horas trancado no quarto lendo e praticando e certa quantia considerável em dinheiro, tudo muda.
As pessoas tentam te fazer mudar de idéia, dizem que você tem que se preocupar com o futuro, e até me arrisco a dizer, ensaiam um jeito de te internar em uma clínica psiquiátrica.

Contudo, é passageiro.
A aqueles que procuram uma realização pessoal ao invés de um retorno financeiro astronômico, eu digo que fiquem com seu coração.
Até porque, tudo o que se faz com paixão sai bem feito e conseqüentemente, vai lhe gerar retorno.

E também afinal de contas, será que vale a pena arriscar em uma carreira dita segura e ter que ter também certa sorte para ganhar rios de dinheiro?
Eu prefiro dizer que mais vale ter certeza de felicidade do que incerteza de riqueza.

Eu como músico ainda não tive de que reclamar, apesar do apoio geral para eu me tornar gastrônomo!

Boa sorte a todos, e espero que encontrem seus caminhos!

sábado, 5 de abril de 2008

Primeiras Impressões.

Olá boas almas que aqui chegam!
Primeiramente, desejo as boas vindas a todos que aqui entrarem.
Deixo avisado que este será um espaço para a análise de assuntos corriqueiros que eu vou colhendo ora aqui, ora acolá pelo caminhos por onde vou.
Devo ressaltar que o que escreverei aqui será de conteúdo único de minhas percepções sobre os mais variados temas, ficando ao cargo de quem ler agregar sua opinião, que será sempre bem vinda e de boníssimo grado na área de comentários.
Farei, então, comentários regulares sempre às terças e sextas-feiras, espero que todos gostem e que façam daqui parada comum na vida corriqueira.



Já aproveitando o ensejo, fica aqui meu primeiro post.


A muito venho me perguntado o que leva uma pessoa a criar um blog. Sabe, expor-se ao incomodo de expressar ideias no mínimo íntimas e de ser julgado por pessoas que lhe são desconhecidas.
Descobri por fim, que a única forma de sabe-lo seria passando eu mesmo pela experiência de tornar-me alvo da opinião alheia.
Muito debati, pensei, conversei com os amigos, que decidi por fim criar meu próprio espaço, contudo não sem antes pesquisar o campo de atuação.
Corri web adentro atrás de alguns "ícones" da geração blog e encontrei casos interessantes, blogs de pessoas que queriam ficar famosas, de pessoas que o conseguiram, alguns que amam blogs e até mesmo, vejam que contraditório, de pessoas que os odeiam!
Um caso em particular, que ja deve ser conhecido de todos é o da blogueira e atual VJ da MTV, Mari Moon, muito já havia sido dito sobre tal personagem antes que eu tivesse a oportunidade de conferir seu blog, contudo o que mais me espantou foi o que encontrei sobre o tema.
A dita moça foi eleita pelo público que incanssávelmente entupiu a rede com acessos diários a seu sítio, como a dona do melhor e mais conhecido blog do país.
Não farei cabo desta ferramenta para julgar, ou até mesmo redigir qualquer crítica que seja ao dito blog, até porquê já não me surpreendo mais com a velocidade e voracidade com que este tipo de cultura pop se espalha pelas cabeças do nosso povo, contudo não consigo deixar de me ver, no mínimo, triste por perceber que enquanto alguns blogs realmente construtivos e formadores de opinião, como é o caso do Instante Posterior e do Antipropaganda que exercem em si a função de abrir os olhos públicos para questões que deveriam ser de interesse nacional, se vêem visitados por um núcleo definido de pessoas que se importam em procurar as respostas, outros não só como o blog da atual VJ da MTV além de muitos outros são aclamados como verdade absoluta.
Não cabe a mim evidentemente o papel de portador da palavra ou da verdade, contudo é ainda inerente à minha consciência lamentar por tais acontecimentos.
Espero poder fazer deste espaço mais um ponto à favor da cultura e do uso inteligente da palavra e como diz o título do blog, mostrar que existe, sim, um horizonte alternativo para aqueles que não se contentam em ler qualquer bobagem comercial.