terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Carnaval...de novo.


Boa noite meus caros!
Bom, não irei mais pedir desculpas por não postar no blog; a verdade é que é incrívelmente difícil para alguém como eu manter alguma coisa viva por tanto tempo. Além do mais, realmente me sobraram idéias mas faltaram palavras para manter-me compondo o enredo deste sítio.

Contudo - não cometendo a falha de prometer escrever mais vezes - volto ao meu tão amado blog para repartir algumas opiniões com vocês.

Peço desculpas ainda pelo cliché que irei cometer...mas vou falar do Carnaval! Ponto.

Por mais que existam agora, zilhões de blogs e sites falando do mesmo tema, essa época do ano já é, por si só repleta de alvoroços; não poderia ser diferente conosco.

Confesso, porém, que não sou muito fã de Carnaval; adoro samba, sei da importância cultural da festa, mas mesmo assim não consigo deixar de falar esse evento atual como uma gigantesca deturpação de tudo de mágico que já foi feito no passado.

Apesar de muito jovem, e de obviamente não ter vivido a real época de ouro carnavalesca, sinto uma imensa nostalgia com relação a isso.
O que dizer dos bailes de máscaras, dos desfiles de blocos, das marchinhas e foliões pintando e alegrando as ruas?

Evidente que o mundo era muito mais romântico, o ser humano menos violento e todas as coisas em geral menos competitivas e pretenciosas; mas como se há de comparar tudo que foi dito com a atual fábrica de sonhos nos sambódromos, em que o mais importante é quem vence e todo o brilho da festa fica fosco escondido atrás do real desejo que é, antes de divertir, acumular títulos?

De minhas parte, refugio-me nos redutos de outrora, como na pequena cidade de São Luíz do Paraitinga, onde passarei as festas desse ano, cantando pelas ruas e tocando em nosso bloco de marchinhas!
Estou certo de que viverei como nas áureas épocas de farras e coretos abarrotados de alegria.

Espero que aqueles que, assim como eu, são plenamente nostálgicos, esse Carnaval possa ser uma grande festa à fantasia e não mais um feriado bêbado assistindo desfiles semi-nús pela TV.

Boa noite a todos, voltem sempre. E para aqueles que gostam, deixo uma saudosa canção.


Hoje não tem dança,
Não tem mais menina de trança,
Nem cheiro de lança no ar.
Hoje não tem frevo,
Tem gente que passa com medo e na praça ninguém pra cantar.
Me lembro tanto e tão grande a saudade
Que até parece verdade que o tempo ainda pode voltar.
Tempo da praia, da ponta de pedra, das noites de lua,
Dos blocos de rua, do susto á carreira,
Da cara boleira do bumba meu boi.
Que tempo que foi?
Agulha frita, mambuzá, cravo-e-canela,
Serenta eu fiz pra ela cada noite de luar.

Mas hoje não tem dança,
Não tem mais menina de trança,
Nem cheiro de lança no ar.
Hoje não tem frevo,
Tem gente que passa com medo e na praça ninguém pra cantar.
Me lembro tanto e tão grande a saudade
Que até parece verdade que o tempo ainda pode voltar.

Tempo do poço, na rua da Aurora é moço no passo,
Menino e senhora do bonde de Olinda,
Pra baixo e pra cima do carramachão.
Não esqueço mais não
E o frevo ainda, apesar da quarta-feira
No cordão da saideira, vendo a vida se enfeitar.

Cordã da Saideira Edu Lobo.

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