sábado, 14 de fevereiro de 2009

Post Simples.


Saudações, caríssimos leitores.
Sem extensas noções introdutórias hoje, irei somente deixar aqui um de meus escritos; devaneio criado em uma noite chuvosa.
Boa leitura.


O vento toca minha pele, eu sinto a umidade que anuncia a tempestade.

Sentado de fronte à Natureza, eu sinto todas as cores que a noite trás batendo forte em minhas retinas.
A chuva não demora, contudo, eu não corro;
Quero sentir as gotas tocando a minha face,
O choro dos céus misturando-se às lágrimas.

Agora tudo vem de forma natural.
Eu entendo e um singelo sorriso nasce entre meus lábios;
Sei, a solidão e a melancolia são naturais ao ser selvagem.

Tudo que falam-me, tudo que ordenam-me;
São tão somente fúteis enganos, tolas miragens.
Deixo cada palavra fluir e voar livre do pensamento às folhas em minhas mãos.

A inocência clareia o entendimento; como uma criança, me acabo em gargalhadas.
Tudo que distorce minha mente tranco em uma sala qualquer,
Distante de tudo que a alma necessita,
Assim eu sinto a divindade em todo lugar.
Sem nome, sem cor, história ou sacrifício;
Para mim, tudo que importa é o vento que balança estas árvores.

Cada coisa têm sua beleza, assim penso e isso me conforta.
Se isso é certo, minha beleza há de estar em algum lugar.
Não a procuro pois aceito sua existência.
A simplicidade das coisas está em não pensar.
Então sou feliz por um tempo.
Na minha ignorância, se ela – beleza minha – existe, um dia ela há de me encontrar.


O vento
Marco Ferreira

Um comentário:

Nélida Moreno disse...

I like this! sooo much!
Kiss