sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Os Olhos

Saudações a todos meus amigos leitores!

Como de praxe, ausento-me por longas datas sem postar no blog. Contudo, hoje fico feliz de que essa distância tenha um fundo intelectual.
Andei produzindo deveras e creio poder fazer muitas postagens consecutivas neste momento.

Para começar, já que mudei um pouco o foco de meus escrios cybernéticos, vou postar uma de minhas novas poesias.
Espero que todos gostem e aguardem novidades, tanto na freqüência das postagens e no conteúdo, quanto no layout, que mudará em breve.


Já não mando nos meus olhos.
São todo eles poços de vontades.
Voluntariosos e cheios de gênios,
Velam-te incessantes contra o meu querer.
Mantém, ainda, o costume de acompanhar teu andar, olhar por teu sono.

Ah, esses olhos que me traem!
Casados com os teus, mortos de vontade,
Já não se fecham, não me deixam dormir
E ficam a mirar estrelas, esperando te encontrar.

Afogados, olhos meus...
De tão molhados não me deixam respirar.
Bígamos, infelizes sendo dois,
Esperam que os dois que fazem enxergar regressem.

Cansados, tão castanhos, tão opacos,
Desejam esse verde, essa luz que conforta e afaga.
E, pouco a pouco, calejados e roucos de saudade
Vão minguando, se fechando.
Até descansarem sozinhos, em silêncio.


Marco Ferreira

2 comentários:

Bu disse...

Gostei do texto, mas acho que não conseguir apreciar completamente. Sinto sentimentos completamente ao contrario que deixam as palavras meio que indiferentes para minha alma. Mas não posso deixar de comentar, belas palavras.

Srta. M disse...

Marco, já tinha lido esse na comunidade. Gostei muito do jogo com os olhares. Bjos